As faixas de pedestre estão pelas ruas, estacionamentos e nos terminais de integração da cidade, mas parecem não despertar muito interesse, passando despercebidas no cotidiano de Fortaleza. Tanto por pedestres, como por motoristas.
Para tentar mudar o mau hábito de não usar a faixa para atravessar entre as plataformas dos terminais, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) vem realizando ações contínuas, principalmente no Papicu. Foi nesse terminal que começaram as atividades do projeto Travessia Cidadã, em que fiscais auxiliam pedestres e motoristas no uso harmonioso do espaço.
E também foi o Papicu o terminal escolhido para receber o projeto piloto de instalação de grades em uma plataforma e no canteiro central no fim de julho. O obstáculo físico objetiva levar os usuários a atravessarem pela faixa.
As ações intensivas no Terminal do Papicu também servem de resposta aos dois acidentes que vitimaram pedestres em 2010 no local. A dona de casa Roseane dos Santos opinou que as grades são boas, mas mesmo assim as pessoas ainda se arriscam e não pensam na segurança.
Segundo a chefe de divisão de projetos da Etufor, Viviane Fernandes, deveria bastar a sinalização horizontal para que os usuários atravessassem na faixa, entretanto, como não há esse respeito, são necessárias ações como a colocação do gradil para direcionar o fluxo. Ela indicou que as grades são um projeto piloto no Papicu e que, depois de um tempo de experiência, será analisado a maneira de levá-lo aos outros terminais, adaptando-o a cada estrutura.
Mais fiscais
No Terminal da Messejana, os fiscais que auxiliam a travessia só operam nos horários de pico. Entretanto, a todo momento os riscos de atravessar fora da faixa surgem através das atitudes dos usuários. Para ganhar alguns segundos ou simplesmente por preguiça de andar mais alguns metros, o caminho para outra plataforma é feito por qualquer canto.
É o que Teresinha Bastos admite estar acostumada a fazer. “Não tem tanto risco, é um hábito comum no terminal. Os ônibus param ou a gente ouve o barulho”, completou. Já a dona de casa Erilene Cordeiro opinou que a presença dos fiscais ou a colocação de grades poderiam dar mais segurança a quem passa por ali todo dia.
Segundo Ademar Gondim, presidente da Etufor, a ampliação do horário do projeto Travessia Cidadã em todos os terminais, que por ora se resume ao período de pico, acontecerá “a medida que o pessoal for sendo treinado”.
Entretanto, ele complementou que as melhorias físicas não param de ser feitas, como a reforma do acesso às bilheterias, de banheiros, calçadas e a instalação de um elevador no terminal da Parangaba.
Fonte: O Povo
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